Roteiro
As nossas sugestões para umas férias inesquecíveis


O arquipélago dos Açores é composto por nove ilhas, cada uma com os seus mistérios e encantos.
Embora todas partilhem a mesma ligação com a Natureza, cada ilha tem a sua própria personalidade que merece ser vivida por si só.
Localizada no meio do Grupo Central, a ilha do Pico encontra-se numa posição privilegiada para partir nesta descoberta.
Aqui ficam as nossas sugestões para uma visita de uma semana ou mais, para que a sua experiência Açoriana seja o mais rica possível.
É muito importante que considerem o meio de transporte a utilizar já que a melhor forma de se deslocarem nas ilhas é alugar um carro e devem fazê-lo com antecedência!

Plano para uma semana – Ilhas do Triângulo (Pico, Faial e São Jorge)

Estas três ilhas do grupo central encontram-se muito próximas umas das outras e são servidas por ligações marítimas regulares durante todo o ano. Este acesso facilitado permite ao visitante conhecer as ilhas vizinhas em expedições diárias
Pico

Pico A “Ilha Montanha”
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A “Ilha Montanha” deve o seu nome ao vulcão que domina a sua paisagem, sendo o ponto mais alto de Portugal com 2351m. O Pico, ilha com aproximadamente 15 mil habitantes, localiza-se no centro dos Açores e do Triângulo, sendo possível visitar o Faial (25 minutos de barco) e São Jorge (50 minutos de barco) em pequenas viagens. Esta ilha é a mais nova dos Açores e é famosa pela paisagem vulcânica. Foi nos currais de basalto que se criou o vinho que famosamente chegou à mesa dos Czares da Rússia. A tradição vitivinícola manteve-se e hoje em dia os vinhos do Pico estão novamente na boca do mundo, sendo cultivados ainda nos mesmos currais negros que foram considerados Património Mundial da Unesco. À tradição do vinho junta-se a da agricultura, pesca e caça à baleia. Esta última teve o seu expoente máximo na ilha do Pico, sendo os marinheiros açorianos tão bem-conceituados que são mencionados no romance de Melville, Moby Dick. A caça foi interdita em 1987, mas os velhos lobos do mar encontram no Whale Watching um uso produtivo das suas capacidades. Nesta ilha irá encontrar uma conceituada tradição gastronómica com famosos vinhos, sendo os mais conceituados os vinhos brancos, imensos licores, boa comida e maravilhosos queijos. São muito comuns também os belíssimos trabalhos artesanais como as rendas e produtos relacionados com a caça à baleia como pinturas em osso e joalharia em escamas de peixe. Para os amantes da Natureza não perca esta oportunidade de trilhar caminhos por zonas com pouca ou nenhuma intervenção humana, bem como de mergulhar no oceano a partir de qualquer ponto da ilha.
Faial

Faial A “Ilha Azul”

A “Ilha Azul”, deve o seu nome atual à abundância de árvores de pequeno porte chamadas de “faia-das-ilhas”. O Faial tem aproximadamente 15 mil habitantes localizados maioritariamente na cidade da Horta onde se localiza o parlamento açoriano. Antiga capital de distrito, a Horta é conhecida mundialmente pela sua baía natural resguardada, um muito apreciado porto de abrigo no Atlântico Norte. A história desta ilha e cidade está ligada ao mar e o visitante mais aventureiro consegue ainda encontrar as ruínas dos fortes e instalações construídas para proteger um essencial ponto de paragem na travessia do Oceano. Esta ilha foi também o palco da última grande erupção nos Açores. De 1957 a 1958 o Vulcão dos Capelinhos surgiu no mar e adicionou uma nova colina à ilha. A sua devastação ainda é visível e recomenda-se a visita ao centro de interpretação do vulcão, instalado nas ruínas do antigo farol. Outros atracões a não perder são:
Uma visita ao icónico Peter Cafésport, um inescapável ponto de paragem dos marinheiros que ainda hoje atravessam o oceano. Ir ao Vulcão dos Capelinhos, local da última grande erupção da história dos Açores, e visitar o centro de interpretação do vulcão; Passeie pela marina da Horta. Esta marina é muito conhecida pelas coloridas pinturas dos muitos navios passam por esta ilha. Reza a tradição que o barco que deixa a pintura na marina garante a boa fortuna para o resto da viagem; Visite a Caldeira, e complete o trilho que a circula; Visite o Miradouro do Monte da Guia e da Espalamaca.
São jorge

São Jorge “Ilha das fajãs”

Chamada a “Ilha das fajãs”, São Jorge tem aproximadamente 10 mil habitantes e tem como vizinho mais próximo a ilha do Pico. O seu ponto mais elevado fica a 1053m, no Pico da Esperança. São Jorge é uma ilha com um relevo muito distinto, sendo muito comprida e pouco larga e com a costa a acabar em grandes falésias na sua maioria. É devido a esta costa escarpada que a povoação da ilha começou maioritariamente nas famosas fajãs. As fajãs são derivadas da erosão das falésias, que ao desmoronar formam terrenos planos costeiros ao nível do mar. Esta ilha é também muito famosa pelos seus produtos lácteos, nomeadamente o queijo de São Jorge, um produto com Denominação de Origem Protegida conhecido em todo o País. Caso tenha tempo, é uma experiência única (e deliciosa) visitar uma destas queijarias, onde poderá também experimentar a típica simpatia Açoriana. Outras sugestões passam por:
Visite as várias Fajãs de São Jorge. Não há duas destas pequenas povoações que sejam iguais e cada tem o seu encanto. Uma delas cresce o seu próprio café, um dos poucos locais na Europa capaz de tal; A partir de Fajã dos Cubres podem visitar a Fajã de Santo Cristo, um lugar muito agradável, longe da civilização, sem água corrente, luz, carros (precisam ir a pé ou de moto). É bonito, porque é um lugar ainda muito virgem. Descubra (e tome banho, se tiver coragem) as duas cascatas que correm todo o ano para esta fajã; Veja a vista do lugar do Topo.

Plano para duas ou mais semanas – Ilhas do Triângulo e São Miguel, Flores e Corvo

Caso tenha o tempo necessário ou esteja já a planear o seu regresso, a ilha do Pico possui ainda ligação às restantes ilhas açorianas. Quer por ferry durante o verão ou por avião durante todo o ano, estas são as sugestões para as ilhas um pouco mais distantes a visitar
Flores

Flores A “ilha de São Tomás”

Nomeada primeiro como ilha de São Tomás, a “ilha das Flores”, passou a ser assim conhecida devido à sua abundante e luxuriante flora natural. Conhecida por muitos como a mais bela ilha dos Açores, esta ilha é um paraíso para os visitantes que procuram Natureza no estado mais puro. Tanto as Flores, como a sua vizinha ilha do Corvo encontram-se na rede mundial de reservas da Biosfera da Unesco. Esta ilha faz parte do grupo ocidental dos Açores e conta com aproximadamente 3800 habitantes. Sendo o ponto mais ocidental da Europa, o melhor meio de chegar às Flores é através da ligação aérea direta a partir da ilha do Faial.
São Miguel

São Miguel A “Maior"”
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A maior ilha em tamanho e população, São Miguel conta com 55% da população dos Açores. Apesar de mais urbanizada, esta ilha possui ainda assim uma beleza natural que o fará querer voltar para explorar cada recanto ao maior detalhe. Como complemento aos imensos parques naturais, São Miguel tem também uma ótima e variada gastronomia, com queijadas, bolos e iguarias coroadas pelos ótimos ananases e o chá cultivado numa das poucas plantações Europeias. Caso deseje um ambiente mais cosmopolita, poderá encontrar em Ponta Delgada, a capital de São Miguel, todos os confortos e comodidades de qualquer cidade moderna.
Corvo

Corvo A “Mais Pequena”

O Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago açoriano, com apenas 400 habitantes. Esta ilha fica a 40 minutos de barco das Flores e é dominada pelo Caldeirão, uma cratera que marca a fase final dum antigo vulcão. Ao visitar estas ilhas não deixe de se aventurar pelos vários trilhos e ver: Rocha dos Bordões, uma formação vulcânica muito peculiar; Miradouro do Morro Alto; No centro da ilha visitar as sete lagoas: Lagoa Funda, Branca, Seca, Rasa, Comprida, Lomba e Funda das Lajes; Cascata da Ribeira Grande e as que se situam entre Fajãzinha e Ponta da Fajã (cerca de 20); Falésia da Rocha Alta; Veja a Rocha do Frade e da Freira que se parecem com duas pessoas e visite a caverna do Galo, ficam próximos; Ilhéu de Monchique, o ponto mais ocidental da Europa; Visite a ilha do Corvo de barco e faça o trilho do Caldeirão (PRC2COR).